PSIQUIATRIA…. O QUE É?

Psiquiatras são médicos especialistas que, após 6 anos da faculdade de Medicina, estudam por, no mínimo, mais 3 anos em um programa de Residência Médica. Como ramo da Medicina, o profissional psiquiatra deve ser capacitado para lidar com prevenção, atendimento, diagnóstico, tratamento e reabilitação das diferentes formas de sofrimentos mentais.

Quando pensamos em doenças mentais talvez a primeira palavra que surja seja “loucura” e, é claro, o psiquiatra como “médico de louco”. Felizmente, a Psiquiatria tem evoluído entre as outras especialidades médicas, passando de uma área meramente contemplativa, subjetiva e até talvez filosófica, para um ramo com crescente pesquisa científica, novas descobertas e tratamentos.

Entende-se as doenças mentais como manifestações de um desbalanço em processos no cérebro (sistema nervoso central), uma vez que é lá onde são integradas todas as informações que percebemos do mundo e de nós mesmos e que são devolvidas na forma de emoções, pensamentos e comportamentos. Elas não têm uma causa única, e geralmente são reflexo da interação entre o que se passa fora da pessoa – estresse, perdas, carga horária excessiva no trabalho, traumas – e o que há “por dentro” – predisposição genética, traços de personalidade, doenças físicas como problemas na tireoide, anemia, deficiência vitamínica, AVC… A depressão é a doença mental mais frequente no mundo e além dela o psiquiatra também cuida de pessoas com ansiedade, problemas com álcool e drogas, compulsão alimentar e outras questões no comportamento alimentar, esquizofrenia; a lista é bem extensa e cada doença é única, já que cada pessoa, foco do atendimento psiquiátrico, traz sua própria bagagem externa e interna.

O primeiro contato entre a pessoa e o médico psiquiatra geralmente ocorre na consulta. Nela a pessoa pode verbalizar e demonstrar todas as suas queixas; o médico psiquiatra escutará com empatia e sigilo, poderá fazer alguns questionamentos para ajudar na formulação de um diagnóstico, examinará e, conforme a suspeita, poderá solicitar exames complementares (laboratoriais e de imagem). Em uma primeira consulta é interessante, mas não obrigatório, que a pessoa vá acompanhada (familiar, cônjuge, amigo próximo), uma vez que outra pessoa pode trazer informações que o próprio paciente nem se recorda ou não se dá conta e que serão de grande ajuda na formulação de um diagnóstico e consequente tratamento.

Conforme cada caso podem fazer parte do tratamento psiquiátrico a prescrição de psicofármacos – medicações que atuam no cérebro – e a indicação de psicoterapia – realizada por profissional formado em Psicologia. Uma forma de tratamento não exclui a outra, sendo o combinado (medicação e psicoterapia) indicado para boa parcela dos casos e mais eficaz que uma das duas isoladamente.

O primeiro (e mais difícil) passo na busca por qualidade de vida é decidir procurar ajuda.

Texto escrito por: Drª Ana LígiaGodoy Baldin Fortkamp

 MÉDICA PSIQUIATRA – CRM/MT 9232   RQE 4032

Consultas: (66) 3521-3044