Depressão não é só Tristeza

A Depressão é uma doença que afeta como você se sente, pensa e se comporta. De acordo com o DSM-V, as características mais marcantes da Depressão Maior são o sentimento persistente de tristeza e a perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas, levando a vários problemas emocionais e físicos.

Causa prejuízo social, ocupacional e/ou educacional. É uma doença crônica que usualmente requer um tratamento de longo prazo.

Depressão é diferente de tristeza. A Depressão se caracteriza por, não só tristeza, mas também e principalmente por falta de sentido na vida, falta de esperança no futuro, ausência de prazer em atividade que antes eram prazerosas. Na depressão, a tristeza surge sem motivo algum. É muito comum relatos de pessoas deprimida dizerem frases como: “Eu não deveria estar deprimido, minha vida está ótima, não posso reclamar de nada!”. Pensamentos como esse acabam até mesmo piorando a depressão, pois o paciente não só se sente triste “sem motivo” como também se culpa por isso.

As Causas da depressão não são inteiramente conhecidas, mas sabemos que ela tem causas genéticas e ambientais. Dentre o primeiro grupo, podemos destacar estudos que mostram que irmãos gêmeos idênticos de pessoas com depressão tem uma chance de 50 a 70% de terem depressão também, em algum momento da vida. Já os Gêmeos não-idênticos, ou simplesmente irmãos, tem uma chance em torno de 20-30% de ter depressão alguma vez na vida, se o irmão for afetado. Em famílias sem histórico de depressão, a chance de familiar vir a apresentar depressão é de cerca de 5%.

Ou seja, com estes dados, sabemos que ter um irmão com depressão aumenta o risco em 400 – 600% de se ter um episódio depressivo. Se for irmão gêmeo idêntico, o aumento do risco é da ordem de 1000-1400%. Questionamentos que podem ser feitos a estes estudos geralmente são relativos à influência da família na causa da depressão. Por isso, são também feitos estudos com crianças adotadas, mostrando que estas tendem a manter uma porcentagem semelhante de incidência de depressão do que quando crescem com os pais biológicos.

Assim, fica bastante óbvio perceber que a depressão tem um forte componente genético, mas que este não é determinante (estima-se que este componente genético represente cerca de 40% da chance para desenvolver depressão unipolar e 70% para o transtorno bipolar).

Não se pode tratar uma pessoa com depressão como se ela fosse culpada por estar doente. Entretanto, assim como em qualquer outra doença, o papel do doente em sua própria recuperação é fundamental. É vital que o tratamento seja feito de forma correta, com medicações antidepressivas e com psicoterapia (que são os melhores tratamentos, segundo a literatura científica atual).

O tratamento da depressão ainda incluir orientações dietéticas, avaliação de exames laboratoriais e exercícios físicos, além de uma série de orientações para uma melhor qualidade de vida.

Quais os sintomas de Depressão?

No Transtorno Depressivo Maior, os seguintes critérios são elencados pelo DSM-V:
1. Humor deprimido ou irritado na maior parte do dia, praticamente todos os dias;
2. Anedonia: decréscimo no interesse ou no prazer pela maioria das atividades na maioria dos dias;
3. Mudança significativa no peso (5%) ou no apetite;
4. Alterações de sono: insônia ou hipersonia;
5. Mudança no padrão de atividade psicomotora: agitação ou retardo psicomotor;
6. Fadiga ou perda de energia;
7. Culpa/inutilidade: sentimentos de menos valia ou culpa excessiva ou inapropriada;
8. Concentração: diminuição da habilidade de se concentrar, ou aumento da indecisão;
9. Ideação suicida: Pensamentos sobre morte ou suicídio, ou planejamento de suicídio
10. Sintomas de ansiedade: Medos irracionais, preocupações desagradáveis, dificuldade para relaxar, tensão, medo de que algo ruim possa acontecer.

Fonte: Clínica Acácia

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