Compulsão alimentar: saiba como tratar
A compulsão alimentar é considerada um distúrbio alimentar caracterizado pela ingestão exagerada de alimentos. Essa ingestão ocorre mesmo sem a presença de fome ou necessidade física do alimento. Em geral, a pessoa compulsiva perde o controle sobre o que está ingerindo e em qual quantidade. Dessa forma, come alimentos em grandes quantidades em um curto espaço de tempo.
Um indivíduo que apresenta episódios de compulsão alimentar, na grande maioria das vezes, ingere alimentos calóricos independentemente da sensação de fome.
Principais sintomas
Sabemos que todo mundo tem um momento em que exagera na comida. Fato que ocorre mais comumente em festas de final de ano. Logo, comer demais esporadicamente é considerado uma situação normal. No entanto, comer demais se tornar um transtorno quando se torna um hábito e foge do controle. A compulsão alimentar é identificada quando a pessoa passa a ser dependente da comida.
Quando o sujeito passa a se alimentar com maior frequência do que o necessário, mesmo não sentindo fome, um sinal vermelho deve ser aceso. Ele pode ser um compulsivo alimentar e alguns sinais podem ser observados:
- A pessoa come mais rápido do que o normal;
- Passa a comer quando não está com fome;
- Continua comendo mesmo quando já está saciado e após ter ingerido quantidades maiores que o necessário;
- Come sozinha ou escondida das outras pessoas;
- Fica mais introvertida;
- Pode apresentar problemas afetivos e vício em jogos de azar e bingos;
- Sente-se triste ou culpada por comer demais.
Como tratar
Assim como os demais distúrbios alimentares, nos quadros de compulsão alimentar o tratamento deve ser multidisciplinar. O indivíduo deve receber acompanhamento médico, psicológico, nutricional e em muitos casos medicamentoso. O psiquiatra deve orientar e ser o responsável por prescrever o remédio para o controle de ansiedade, por exemplo.
É importante ressaltar que o tratamento não deve se resumir ao uso de medicação. É importante que o paciente trabalhe sua mente, buscando ampliar a consciência que tem sobre si. Psicólogo e paciente devem trabalhar para compreender os gatilhos da ansiedade e estabelecer estratégias de controle.
Recomenda-se também a prática de exercícios físicos e atividades relacionadas à atenção. Além de manterem o corpo saudável, também ajudam na produção de endorfina e no controle da ansiedade.
Quais são os riscos associados à compulsão alimentar?
Pessoas com compulsão alimentar têm maior risco de desenvolver:
- Obesidade;
- Cálculo renal quando a pessoa consome muito cálcio;
- Diminuição da capacidade respiratória; apnéia do sono
- Doenças como a diabetes tipo 2, hipertensão e níveis de colesterol alto;
- Gastrite; hérnia de hiato;
- Infertilidade;
- Insuficiência cardíaca e problemas vasculares;
- Outros distúrbios alimentares como a bulimia ou anorexia;
- Transtornos psicológicos como depressão e o transtorno obsessivo compulsivo.
É relevante destacar que a compulsão alimentar causa obesidade em 75% dos casos. Os riscos destacados acima são problemas decorrentes desse aumento de peso.
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