A importância do acompanhamento na tarefa escolar

Muita gente sabe que o período escolar é crucial para a formação de uma criança. Durante este período, os desafios surgem no dia a dia e, junto com os educadores, os estudantes podem superar barreiras; além de adquirir mais conhecimento.

Entretanto, é válido ressaltar a importância que existe no acompanhamento feito durante a tarefa escolar. O momento em que a criança lida com o auxílio de um adulto é fundamental. O detalhe, porém, não é simplesmente contar com a presença de alguém, mas se essa pessoa tem a habilidade para oferecer um suporte.

Por que é importante que os pais estejam por perto?

A criança busca referência nos adultos, e os pais costumam ser o espelho escolhido pelos pequenos. Sendo assim, quando os filhos contam com a presença de seus responsáveis para auxiliá-los nas tarefas escolares, a possibilidade de haver uma absorção do conteúdo pode ser maior.

É imprescindível, no entanto, que os adultos entendam a necessidade da criança e o estágio de aprendizado do pequeno. Jamais deve haver uma pressão para que ele saiba algo, mas um incentivo para que o conteúdo seja absorvido. Em casos de dificuldades, melhor procurar um apoio pedagógico. Somente assim, um profissional deve dispor de mecanismos que ajudem o aluno.

Voltando para o ambiente familiar, um ingrediente que deve existir sempre é a confiança que a criança poderá encontrar no adulto para a resolução dos problemas escolares (tarefas). Existem algumas técnicas que tendem a ajudar nessa hora. Veja mais abaixo.

O que fazer para tornar a tarefa escolar mais atrativa?

– Utilize uma maneira dócil na hora de explicar;

– Adote o uso de personagens (mais preferidos da criança) nos exemplos;

– Escolha objetos coloridos para estimular a atenção do pequeno;

– Disponha de aplicativos pedagógicos presentes em tablets e smartphones;

E quando meu filho/filha apresenta problemas de aprendizagem, o que fazer?

Quando isso acontece, é bom que se conte com ajuda pedagógica. Somente os especialistas podem trabalhar essa questão com eles. Mas vale lembrar que a presença dos pais é importante para o incentivo, mesmo fora do ambiente escolar.

O auxílio pedagógico conta com profissionais da área e que conhecem todos os passos necessários para oferecer à criança as melhores condições de aprendizagem.

Em casos mais complexos, como os distúrbios que se enquadram no TEA, quais são os procedimentos?

Por se tratar de um caso mais complexo, a primeira providência deve ser ajuda médica. Vale lembrar que a condição de uma pessoa que seja incluída no Transtorno do Espectro Autista (TEA) deve ser levada muito a sério desde a infância. No entanto, há alunos com autismo, por exemplo, que têm a vida escolar satisfatória.

Tudo isso depende de diagnóstico precoce e intervenções que façam efeito na vida da criança. Portanto, é importante a ajuda médica em casos de crianças diagnosticadas com alguma síndrome incluída dentro do TEA.

A ajuda que faz diferença

Quando a criança conta com o acompanhamento na tarefa escolar, o seu rendimento tende a se superar em cada etapa. O segredo é estabelecer a parceria entre o pequeno e vocês (pais, professores particulares e demais profissionais).

Fonte: Neuro Saber

Dislexia: sintomas, diagnóstico, tratamento e impactos no aprendizado

Os sinais de dislexia variam dependendo da idade. Se o seu filho tem um ou dois sinais, isso não significa que ele ou ela tem dislexia, mas ter vários dos sinais listados abaixo pode significar que seu filho deve ser avaliado por um profissional especializado.

A fase das primeiras palavras de uma criança é uma alegria na família: é encantador vê-la começando a se comunicar. Geralmente o pequeno pronuncia suas primeiras palavras por volta de um ano e as primeiras frases por volta de um ano e meio a dois anos. Um atraso na fala deve acender um sinal de alerta – pode ser o primeiro indicativo de dislexia.

“Crianças vulneráveis à dislexia talvez não comecem a pronunciar as primeiras palavras antes de cerca de um ano e três meses de vida. E talvez não pronunciem frases antes de completar dois anos”, diz a neuropsicóloga Márcia Lazzarotto Vizzotto.

O que é a Dislexia?

Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o quadro de maior incidência em salas de aula. E a pré-escola é, de certa forma, um divisor de águas para a identificação do distúrbio. A aparente facilidade com a qual a maioria das crianças aprende a ler, contrasta fortemente com o dilema de um subgrupo surpreendentemente grande de crianças que tentam extrair o significado de palavras impressas. De acordo com a definição da International Dyslexia Association (IDA, 2002), tal dificuldade ocorre “apesar de haver uma habilidade intelectual adequada e uma exposição a uma educação efetiva”.

“A dislexia é caracterizada por dificuldades de reconhecimento de palavras, de soletração, decodificação, lentidão na leitura e na escrita, inversão de letras e números e problemas de memorização. O fracasso do desenvolvimento da leitura fluente (capacidade de ler um texto não somente com precisão, mas com rapidez e expressão adequada) também é uma característica do distúrbio que persiste na adolescência e idade adulta. Trata-se de uma condição hereditária, com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico”, explica a neuropsicóloga Márcia Lazzarotto Vizzotto.

Para orientação, diagnóstico e tratamento é fundamental o apoio de um psicólogo especializado.

Reconhecimento e diagnóstico da dislexia

É preciso ficar atento ao desenvolvimento da criança de forma geral e se notar qualquer dificuldade, procurar orientação de especialistas. O diagnóstico e o tratamento da dislexia exigem a participação de equipe multidisciplinar, com profissionais como pedagogo, fonoaudiólogo e psicólogo.

Na Pré-escola – Uma criança em idade pré-escolar pode:

  • Ter problemas de aprendizagem de rimas; falta de interesse pelas rimas; palavras mal pronunciadas; dificuldade em aprender e lembrar o nome da letra; deficiência em saber o nome das letras de seu próprio nome.
  • Falar mais tarde do que a maioria das crianças.
  • Ter mais dificuldade do que outras crianças ao pronunciar as palavras.
  • Ser lento para adicionar novas palavras de vocabulário e ser incapaz de recordar a palavra certa.
  • Ter dificuldade em aprender o alfabeto, números, dias da semana, cores, formas, como soletrar e como escrever seu nome.
  • Demonstrar dificuldade ao tentar rimar palavras e reconhecer letras e fonemas.
  • Ser lento para desenvolver habilidades motoras finas. Por exemplo, seu filho pode levar mais tempo do que outros da mesma idade para aprender a segurar um lápis na posição de escrever, usar botões e zíperes e escovar os dentes.
  • Ter dificuldade em separar sons em palavras e misturar sons para fazer palavras.

No Ensino Fundamental

  • Possuem discurso não fluente (pausas ou hesitações frequentes, muitos “hummm…”);
  • Não ser capaz de encontrar as palavras corretas, confundindo as que tenham a sonoridade semelhante; problema ao lembrar datas, nomes, números de telefone, listas;  medo de ler em voz alta; desempenho fraco em testes de múltipla escolha;
  • Ter dificuldade em terminar provas no tempo estabelecido; problemas na leitura dos enunciados dos problemas matemáticos; leitura lenta e cansativa;
  • Apresentar deveres de casa incompletos e intermináveis; necessitam de ajuda para ler o enunciado;  extrema dificuldade para aprender uma língua estrangeira.

No Ensino Médio e Faculdade – Estudantes no ensino médio e na faculdade podem:

  • Ler muito lentamente com muitas imprecisões.
  • Continuar a soletrar incorretamente, ou soletrar frequentemente a mesma palavra diferentemente em uma única parte de escrita.
  • Evitar testes que exigem leitura e escrita, e procrastinar em tarefas de leitura e escrita.
  • Ter dificuldade em preparar resumos e contornos para as aulas.
  • Trabalhar intensamente em tarefas de leitura e escrita.
  • Ter poucas habilidades de memória e completar o trabalho atribuído mais lentamente do que o esperado.
  • Ter um vocabulário inadequado e ser incapaz de armazenar muita informação da leitura.

“A avaliação segue as regras determinadas pela definição de dislexia: uma dificuldade de leitura de uma criança ou adulto que em todos os outros aspectos possui boa inteligência, forte motivação e escolaridade adequada. É um diagnóstico clínico que tem como base uma síntese já ponderada de informações – do histórico escolar da criança (ou do adulto), das observações de sua fala e leitura e dos testes de leitura e de linguagem”, explica Márcia.

Dislexia e os sinais mais comuns

A maioria dos disléxicos exibirá cerca de 10 dos seguintes traços e comportamentos. Estas características podem variar de dia-a-dia ou minuto-a-minuto. A coisa mais consistente sobre disléxicos é a sua inconsistência.

Geral

  • Crianças e adultos disléxicos podem se tornar ávidos e entusiastas leitores quando dadas as ferramentas de aprendizagem que se encaixam no seu estilo de aprendizagem criativa.
  • Aparece brilhante, altamente inteligente e articulado, mas incapaz de ler, escrever ou soletrar ao nível da classe.
  • Marcado como preguiçoso, mudo, descuidado, imaturo, “não tentando o suficiente” ou com “problema de comportamento”.
  • Não é “atrasado o suficiente” ou “ruim o suficiente” para ser ajudado no ambiente escolar.
  • Alto em QI (Coeficiente de Inteligência), ainda  que não seja academicamente bem avaliado. Vai bem em testes orais, mas não em testes escritos.
  • Parece estúpido; Tem baixa auto-estima; Esconde ou encobre suas fraquezas com estratégias compensatórias engenhosas; Facilmente frustrado sobre a leitura da escola ou a realização de testes.
  • Talentoso em arte, drama, música, esportes, mecânica, contador de histórias, vendas, negócios, projeto, construção ou engenharia.
    Parece viajar ou sonhar acordado muitas vezes; Se perde facilmente ou perde a noção do tempo.
  • Dificuldade em manter a atenção;
  • Aprende melhor através da experiência prática, demonstrações, experimentação, observação e ajudas visuais.

Visão, leitura e ortografia

  • Queixa-se de tonturas, dores de cabeça ou dores de estômago durante a leitura.
  • É confundido por letras, números, palavras, sequências ou explicações verbais.
  • Ao ler ou escrever mostra repetições, adições, transposições, omissões, substituições e reversões em letras, números e / ou palavras.
  • Queixa-se de sentir ou ver movimento inexistente durante a leitura, escrita ou cópia.
  • Parece ter dificuldade com a visão, mas exames oculares não revelam um problema.
  • Tem visão extremamente aguçada e é excelente observador. Possui falta de percepção de profundidade e visão periférica.
  • Lê e relê com pouca compreensão.
  • Soletra foneticamente e inconsistentemente.

Escrita e habilidades motoras

  • Apresenta problemas com a escrita ou cópia; O aperto do lápis é incomum; A caligrafia varia ou é ilegível.
  • É desajeitado, desordenado, possui dificuldade na prática de esportes de bola ou de equipe; Dificuldades com habilidades e tarefas motrizes finas  e/ou grossas; Pode estar mais propenso à doenças.
  • Pode ser ambidestro, e muitas vezes confunde esquerda/direita, sobre/sob

Memória e Cognição

  • Possui excelente memória de longo prazo para experiências, locais e rostos.
  • Má memória para sequências, fatos e informações que não tenham sido experimentadas.
  • Pensa principalmente com imagens e sentimentos, não sons ou palavras (pouco diálogo interno).

Comportamento, Saúde, Desenvolvimento e Personalidade

  • Extremamente desordenado ou compulsivamente ordenado.
  • Pode ser o palhaço da classe, um gerador de problemas (muito bagunceiro) ou extremamente quieto.
  • Pode possuir fases de desenvolvimento inusitadamente precoces ou tardias (conversando, rastejando, andando, amarrando sapatos).
  • Tendência a ter a infecções de ouvido; Sensíveis a alimentos, aditivos e produtos químicos.
  • Pode sofrer com insônia ou hipersonia; Pode estar propenso a urinar na cama em determinadas idades.
  • Tolerância incomumente alta ou baixa para a dor.
  • Forte senso de justiça; Emocionalmente sensível; Esforça-se para a perfeição.
  • Erros e sintomas aumentam dramaticamente com locais bagunçados, pressão do tempo, estresse emocional ou má saúde.

Orientações aos pais

Quanto mais cedo se fizer um diagnóstico, mais rápido a criança poderá contar com ajuda de profissionais adequados (fonoaudiólogos, psicólogos especializados). Assim, muito provavelmente também se conseguirá evitar problemas decorrentes que atingem  a auto-estima. A psicoterapia ajudará seu filho a ter uma melhorar adaptação e mais qualidade de vida.

Se notar  a presença de algum sinal de dislexia, é fundamental conversar com o professor de seu filho. Mas não fique dependendo somente da escola para realizar uma avaliação. O pediatra pode fazer o encaminhamento para que seja feito um teste.

É fundamental que os pais, professores e principalmente a criança entendam a natureza do problema de leitura, para que ela desenvolva uma opinião positiva sobre si mesma.

“E muito importante: não subestime a criança ou reduza suas expectativas. Trate-a sempre como uma pessoa com muitas variáveis, não simplesmente como alguém que tenha um problema de leitura. Deixe que suas habilidades –  e não suas deficiências – a definam como pessoa!”, finaliza a neuropsicóloga Márcia Lazzarotto Vizzotto.

Para orientação, diagnóstico e tratamento, busque um psicólogo especializado. Visite a PROVIDA e agende uma consulta!

Você sabia? Depressão é tão ruim para o coração quanto colesterol e sobrepeso

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é uma das doenças mais comuns da atualidade, afetando mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo. Está entre as principais causas de incapacidade no Brasil.

Uma pesquisa, feita pela Universidade Técnica de Munique e pelo Centro Alemão de Doenças Cardiovasculares, publicada na revista científica Atherosclerosis, verificou o impacto que a depressão pode ter também sobre doenças cardíacas, quando comparada aos outros quatro fatores mais comumente associados ao infarto: tabagismo, hipertensão, colesterol alto no sangue e obesidade.

Como resultado, foi constatado que 15% das mortes por causa de doenças cardiovasculares tiveram como responsável a depressão. Apenas fumar e ter alta pressão arterial superam os riscos trazidos pela doença e pelos outros dois fatores.

O fato é que a depressão não é só um estado de humor, ela é uma doença física, que altera o sistema nervoso. Quem tem a doença apresenta uma produção alterada de hormônios que são mediadores de inflamação e que, por consequência, aumentam o risco de aterosclerose. A aterosclerose é uma inflamação das placas compostas por gordura e tecido fibroso, que pode levar à obstrução progressiva dos vasos.

Nos pacientes depressivos, os níveis de proteína C reativa, que é um marcador inflamatório importante, ficam elevado, assim como os níveis de noradrenalina no sangue. Outro agravante para o coração é o cortisol. O cortisol é um hormônio que é liberado em pessoas sob estresse, fator presente em muitos portadores de depressão, e uma característica desse hormônio é deixar o sangue mais espesso.

Um outro motivo que explica a incidência de problemas do coração entre os depressivos são os sintomas como a falta de energia e o cansaço, sendo comum que esses pacientes adquiram hábitos de vida muito ruins. Eles fazem menos exercícios, alimentam-se mal, desistem de seguir o tratamento recomendado pelo médico. Esse estilo de vida aumenta muito o risco de doenças, incluindo as do coração.

Assumir um estilo de vida saudável ajuda a promover a saúde geral, amenizando tanto os sintomas da depressão quanto das cardiopatias. O essencial, claro, é cuidar da alimentação, manter o peso adequado e praticar exercícios. Essas atitudes auxiliam também no controle de outros fatores de risco, como hipertensão, diabetes, colesterol e obesidade.

Evidências atuais demonstram que os antidepressivos que regulam a concentração de serotonina podem ter um efeito cardioprotetor em torno de 60%. Dessa forma, antes que a depressão tenha desdobramentos importantes, como as alterações cardiovasculares, convém buscar ajuda especializada.

Fonte: Dra. Marcia Fonseca

5 Dicas para a Volta às Aulas das Crianças.

Por aí a criançada está em clima de volta às aulas? Nas férias tudo muda e é inevitável que os horários não fiquem bagunçados. Sendo assim, é fundamental ir preparando os pequenos devagar, quase como uma nova adaptação. De tal forma eles vão entrando no clima e sentem com mais tranquilidade o retorno.

Então, confira algumas dicas para ajudar nos dias que antecedem a volta às aulas.

1 – Comece a explicar que as férias estão chegando ao fim

Vá dizendo que as férias estão terminado, pergunte se as crianças lembram da escola e se estão com saudade dos amigos. Ajude os seus filhos a recordarem os bons momentos vividos no ambiente escolar e crie expectativa em relação ao novo período que deve começar em breve.

2 – Faça um calendário para mostrar o dia de voltar para escola

Para crianças pequenas é mais difícil situar os dias da semana e quanto tempo falta para volta às aulas.

3 – Vá ajustando a rotina

Comece a organizar a rotina pelo sono das crianças. Aproxime a hora de acordar e de dormir do horário habitual no período letivo. Também observe a questão das sonecas. Em três ou quatro dias os pequenos já devem entrar no ritmo.

4 – Deixe as crianças participarem dos preparativos

Organizar os materiais, a mochila e escolher os lanches dos primeiros dias de aula. Deixe as crianças fazerem parte do momento para que assim elas percebam a fase de mudança.

5 – Curtam bem o restinho das férias

A última dica é aproveitar ao máximo o restinho das férias com os filhotes! Aproveitem para fazer aquele programa diferente que não rolou até agora. Um cinema, uma pracinha ou visita em algum amiguinho. Curtam juntos que depois vai dar saudade.