As maiores dores da vida não são visíveis aos olhos

O que é Depressão?

A depressão é uma perturbação do humor caracterizada por um conjunto de sintomas, que incluem tristeza e/ou diminuição do interesse pela realização de tarefas, perda de apetite, alterações do sono, fadiga e perda de energia, sentimentos de desvalorização ou culpa excessiva, visão negativa e pessimista da vida, alterações da memória e concentração, dificuldade em tomar decisões e ideias suicidas.

Para o diagnóstico de depressão, podem estar presentes apenas alguns destes sintomas, porém é necessário que se verifiquem durante a maior parte do dia, durante um período de pelo menos duas semanas.

No entanto, uma depressão latente pode manifestar-se de uma maneira mascarada, como por exemplo, através de humor irritável em vez de tristeza, alterações do comportamento e aparecimento de sintomas físicos. Nestes casos, a administração de instrumentos de avaliação psicológica tem muita utilidade para o diagnóstico e compreensão do quadro clínico.

A depressão, no sentido clínico do termo, não deve ser confundida com tristeza. Todas as pessoas passam por momentos de infelicidade e tristeza, seja devido às contrariedades da vida e do dia-a-dia, seja como reação a uma perda. A vivência de sentimentos negativos é normal e é mesmo aconselhável que este tipo de sentimentos sejam vividos e aceites nestes casos.

A diferença entre uma depressão e uma reação de luto está no tempo, na duração e na intensidade dos sintomas. No entanto, estes dois estados podem estar relacionados. Uma complicação de um processo de luto pode levar a uma depressão, um luto pode agravar uma depressão, assim como uma depressão pode complicar a resolução do luto.

O tratamento da depressão deve conjugar o uso de psicofármacos com a psicoterapia. Deste modo, estamos não só a tratar a depressão do ponto de vista biológico, mas também a promover a resolução dos conflitos internos que podem estar na causa, prevenindo, deste modo, recaídas futuras.

Muitas vezes os familiares têm dificuldade em compreender o doente com depressão. Isto acontece, porque, frequentemente, o próprio doente não compreende verdadeiramente as causas do seu estado depressivo, uma vez que estas nem sempre são conscientes. Outras vezes, a depressão tem origem em situações não resolvidas do passado da vida do paciente, embora, no presente, possam não existir factores desencadeantes.

Apesar disto, o doente com depressão tem muita necessidade de se sentir compreendido e apoiado pelos seus familiares. Inclusivamente, os familiares devem apoiar e reforçar a necessidade do tratamento e que este seja levado até ao fim. Por vezes, o tratamento farmacológico deve ser feito preventivamente, em situações de repetição e cronicidade, assim como a psicoterapia.

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Casais e famílias – Terapia de Casal

A família ou o casal traz ao consultório queixas sobre os mais diversos temas, tais como crises conjugais, problemas de relacionamento entre irmãos, mudanças de escola, problemas escolares ou de comportamento dos filhos, envolvimento com drogas, lutos, doenças, entre outros. São relatos de sofrimento e de dificuldades que permeiam a vida cotidiana da família.

O terapeuta busca, juntamente com a família ou casal, facilitar a abertura de um espaço para a conversa e reflexão não só sobre o problema que os motivou a procurar a psicoterapia, mas sobre toda a dinâmica relacional que existe entre o casal e os membros da família. Assim, podem surgir novas maneiras de entender o contexto de crise que enfrentam e novas possibilidades de lidar com a situação que os motivou a buscar ajuda profissional.

O contexto terapêutico da terapia familiar não demanda, necessariamente, a presença de todos os integrantes da família. Desta forma, pode-se começar o processo realizando sessões com todos os membros da família, outras apenas com o casal, só com os filhos, ou até mesmo outras combinações entre os membros da família. Isso varia de caso para caso e depende do andamento do processo terapêutico. Acima de tudo, é sempre uma decisão tomada conjuntamente, entre os clientes e o terapeuta.
Ismael dos Santos – Psicólogo
CRP 18/01886