Saiba o que é Depressão

A depressão é caracterizada pela perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida, gerando angústia e prostração, algumas vezes sem um motivo evidente. Atualmente é considerada a quarta principal causa de incapacitação, segundo a Organização Mundial da Saúde. Esse transtorno psiquiátrico atinge pessoas de qualquer idade — embora seja mais frequente entre mulheres — e exige avaliação e tratamento com um profissional. O desânimo sentido é fruto de desequilíbrios na bioquímica cerebral, como a diminuição na oferta de neurotransmissores como a serotonina, ligada à sensação de bem-estar.  Esse desequilíbrio pode ser desencadeado por eventos da vida da pessoa, assim como, por fatores biológicos.                                                                                   

De acordo com o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, em sua quinta edição lançada em maio de 2013) os critérios diagnósticos para a depressão são:

– Cinco ou mais dos sintomas seguintes presentes por pelo menos duas semanas e que representam mudanças no funcionamento prévio do indivíduo; pelo menos um dos sintomas é:

 

1. Humor deprimido na maioria dos dias, quase todos os dias (p. ex.: sente-se triste, vazio ou sem esperança) por observação subjetiva ou realizada por terceiros;

2. Acentuada diminuição do prazer ou interesse em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicado por relato subjetivo ou observação feita por terceiros);

3. Perda ou ganho de peso acentuado sem estar em dieta (p.ex. alteração de mais de 5% do peso corporal em um mês) ou aumento ou diminuição de apetite quase todos os dias;

4. Insônia ou hipersônia quase todos os dias;

5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observável por outros, não apenas sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento);
6. Fadiga e perda de energia quase todos os dias;

7. Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser delirante), quase todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente);

8. Capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros);

9. Pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, ou tentativa de suicídio ou plano específico de cometer suicídio;

 

Dessa maneira muitas pessoas não sabem que sofrem de depressão por não conseguirem enxergar em si mesmos os sintomas característicos da doença. Portanto, se você conhece alguma pessoa que está tendo comportamentos típicos de alguém depressivo, converse com ele e sugira a procura de um profissional especializado. Caso perceba em si tais sintomas, busque ajuda também. Quanto antes a doença for diagnosticada, melhor o prognóstico!                

Por: Lilian Medeiros Trigueiro Quadros

Compulsão alimentar: saiba como tratar

compulsão alimentar é considerada um distúrbio alimentar caracterizado pela ingestão exagerada de alimentos. Essa ingestão ocorre mesmo sem a presença de fome ou necessidade física do alimento. Em geral, a pessoa compulsiva perde o controle sobre o que está ingerindo e em qual quantidade. Dessa forma, come alimentos em grandes quantidades em um curto espaço de tempo.

Um indivíduo que apresenta episódios de compulsão alimentar, na grande maioria das vezes, ingere alimentos calóricos independentemente da sensação de fome.

Principais sintomas

Sabemos que todo mundo tem um momento em que exagera na comida. Fato que ocorre mais comumente em festas de final de ano. Logo, comer demais esporadicamente é considerado uma situação normal. No entanto, comer demais se tornar um transtorno quando se torna um hábito e foge do controle. A compulsão alimentar é identificada quando a pessoa passa a ser dependente da comida.

Quando o sujeito passa a se alimentar com maior frequência do que o necessário, mesmo não sentindo fome, um sinal vermelho deve ser aceso. Ele pode ser um compulsivo alimentar e alguns sinais podem ser observados:

  • A pessoa come mais rápido do que o normal;
  • Passa a comer quando não está com fome;
  • Continua comendo mesmo quando já está saciado e após ter ingerido quantidades maiores que o necessário;
  • Come sozinha ou escondida das outras pessoas;
  • Fica mais introvertida;
  • Pode apresentar problemas afetivos e vício em jogos de azar e bingos;
  • Sente-se triste ou culpada por comer demais.

Como tratar

Assim como os demais distúrbios alimentares, nos quadros de compulsão alimentar o tratamento deve ser multidisciplinar. O indivíduo deve receber acompanhamento médico, psicológico, nutricional e em muitos casos medicamentoso. O psiquiatra deve orientar e ser o responsável por prescrever o remédio para o controle de ansiedade, por exemplo.

É importante ressaltar que o tratamento não deve se resumir ao uso de medicação. É importante que o paciente trabalhe sua mente, buscando ampliar a consciência que tem sobre si. Psicólogo e paciente devem trabalhar para compreender os gatilhos da ansiedade e estabelecer estratégias de controle.

Recomenda-se também a prática de exercícios físicos e atividades relacionadas à atenção. Além de manterem o corpo saudável, também ajudam na produção de endorfina e no controle da ansiedade.

Quais são os riscos associados à compulsão alimentar?

Pessoas com compulsão alimentar têm maior risco de desenvolver:

  • Obesidade;
  • Cálculo renal quando a pessoa consome muito cálcio;
  • Diminuição da capacidade respiratória; apnéia do sono
  • Doenças como a diabetes tipo 2, hipertensão e níveis de colesterol alto;
  • Gastrite; hérnia de hiato;
  • Infertilidade;
  • Insuficiência cardíaca e problemas vasculares;
  • Outros distúrbios alimentares como a bulimia ou anorexia;
  • Transtornos psicológicos como depressão e o transtorno obsessivo compulsivo.

É relevante destacar que a compulsão alimentar causa obesidade em 75% dos casos. Os riscos destacados acima são problemas decorrentes desse aumento de peso.

Para maiores Informações consulte um de nossos psicólogos: (66) 3521-3149 (66)9.8406-5870

A PSICOTERAPIA E O AUTOCONHECIMENTO

Uma das melhores coisas que a psicoterapia nos proporciona é o aumento do nosso autoconhecimento. Mas por que ele é tão importante assim?

Geralmente quando procuramos a psicoterapia, temos algum sofrimento ou algo que nos incomoda. Diante dessa busca, o nosso objetivo é conseguir ter mais satisfação na vida e conseguir uma solução para nossos problemas. Porém, algo que muitas vezes não nos damos conta é que, na psicoterapia, além de buscarmos atingir aquele objetivo, adquirimos também o autoconhecimento. Autoconhecer-nos é sabermos dizer (1) o que controla os nossos comportamentos, noutras palavras o que nos faz agir de uma maneira ou de outra; (2) como os comportamentos dos outros influenciam os nossos e (3) como os nossos influenciam nos os comportamentos dos outros. Por meio desse conhecimento, podemos prever como lidaremos com alguma situação e podemos nos preparar para isso. Por exemplo, se sabemos que diante de figuras de autoridade, tendemos a nos calar e aceitar imposições e temos uma reunião com o chefe, é possível que nos preparemos melhor para a essa reunião, organizando dados, planilhas e preparando respostas que nos deem mais segurança e eleve a nossa auto-estima no momento da reunião. Autoconhecimento, então, é descrever situações que influenciem positivamente ou negativamente as nossas atitudes diante das nossas relações com as pessoas, com o mundo.

Com o autoconhecimento, podemos evitar sofrimentos futuros; por saber que algum comportamento nosso nos faz mal, temos mais chances de evitá-los. Com ele, também é possível melhorar a nossa comunicação e os nossos relacionamentos, pois quando nos conhecemos melhor e analisamos os nossos comportamentos, temos mais habilidade para analisar os comportamentos dos outros também. Se nós não percebemos as conseqüências que nossos comportamentos têm na nossa vida, como saber a melhor forma de agir para alcançar um objetivo?

Diante do que já foi lido, você deve estar se perguntando: – Como esse autoconhecimento se desenvolve?

A partir do momento em que começamos a pensar sobre as nossas atitudes, nos conhecemos um pouco um tanto mais. Pensar no que fazemos, como fazemos e quando fazemos… Pensar no que aumenta as nossas chances de fazer algo ou em quais situações essas chances diminuem.

A psicoterapia é um contexto propício para isso. Nesse contexto, além de se contar com um profissional que te ajuda a refletir e entender como e porque as coisas acontecem, as sessões constituem um tempo no qual você dedica exclusivamente ao pensamento e análise sobre aquilo que incomoda; pensando em hipóteses, imaginando as possíveis situações e suas soluções. Por meio desse trabalho, com a ajuda e perguntas do terapeuta, nosso autoconhecimento vai aumentando.

Será que você se conhece tão bem quanto pensa?

 

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Impor limites e estabelecer regras é fundamental

Pode até parecer difícil ser um pouco mais duro quando necessário, mas os benefícios virão a médio e longo prazo e por isso iremos compartilhar 10 dicas para impor limites aos filhos sem perder o pulso firme.

Impor limites e estabelecer regras é fundamental para que os filhos se tornem adultos responsáveis e que primam pelo respeito. Em sua missão de educá-los, os pais precisam de autoridade, persistência e determinação para manter os filhos em um caminho seguro de desenvolvimento da própria autonomia.

A disciplina deve estar presente em qualquer fase da infância e da adolescência. Pode até parecer difícil ser um pouco mais duro quando necessário, mas os benefícios virão a médio e longo prazo. Confira algumas dicas para os papais que ainda estão na dúvida sobre qual é a melhor conduta a se tomar:

  • Não tenha medo de impor regras

Não tenha medo de impor regras e limites para o seu filho desde pequeno. Acostumá-lo com este processo logo cedo vai fazer com que ele respeite você e suas ordens em todas as etapas de sua vida. Comece impondo regras relacionadas a horários e estabeleça uma rotina, fazendo tudo do mesmo jeito, todos os dias. Mesmo os pequenos já compreendem o que você diz e as regras que impõe. Não subestime seu diálogo com seu filho.

  • Cumpra com as consequências estabelecidas

Se você estabeleceu uma consequência para a quebra de uma regra, é fundamental cumpri-la. Não pode haver hesitação nesse passo. A criança passará a respeitar mais suas determinações ao perceber que você realmente tem a intenção de cumprir a pena prometida. Além disso, é importante que a criança esteja ciente do motivo pelo qual foi punida – ou não aprenderá nada.

  • Não fique importunando com repetições

Se você já estabeleceu a regra, explicou as consequências para seu filho e começou a colocar as determinações em prática, não há necessidade de repetir o combinado para ele a todo momento. Tome cuidado para não cansar a criança e estimulá-la a quebrar a regra para ver o que acontece, ou seja, conferir se você realmente cumprirá aquilo que tanto repete. Mostre que a palavra final é sua, mas não seja repetitivo.

  • Mantenha a relação de autoridade enquanto eles morarem com você

Muitos pais se perguntam se devem manter a prática de estabelecer regras e limites mesmo com filhos mais velhos. Isso depende de uma série de fatores pessoais, que varia de família para família. Mas uma dica é manter a rotina de regras enquanto eles dependerem de você. Enquanto os filhos moram com os pais, é fundamental manter uma boa convivência, sem que eles, conforme forem crescendo, comecem a duvidar de sua autoridade, passando por cima do que foi estabelecido. E, para isso, é crucial manter os limites e, principalmente, as consequências. Ou seja, enquanto a casa é sua, as regras também devem ser.

  • Seja justo e coerente

Fique atento às regras estabelecidas para que não seja pego de surpresa no momento de aplicá-las. Repense os limites para que eles façam sentido no momento em que for necessário conversar com a criança sobre eles – não dá para cobrar coisas muito diferentes de crianças em idade e condições semelhantes. O que vale para um, vale para todos. Isso é válido também para costumes que tacitamente acabam se impondo de forma injusta, como quando apenas as filhas assumem a obrigação de ajudar a arrumar casa.

  • Aplique as mesmas regras aos visitantes

A regra que você estabeleceu para seus filhos vale também para os amigos que os visitam na sua casa. Assegure que a própria criança explique as regras para as outras pessoas e monitore para que os limites sejam cumpridos de forma harmônica.

  • Não aceite que seus filhos também imponham regras

É verdade que os pais devem dar exemplo e que sem isso o aprendizado é dificultado. Mas isso não significa que cada vez que você for estabelecer uma regra seja necessário permitir que a criança estabeleça uma contrapartida, cobrando algo de você. Deve ficar claro quem é a figura de autoridade na casa e que determinadas regras se aplicam apenas às crianças.

  • Dialogue com os mais velhos sobre o estabelecimento das regras

Para os pequenos, que ainda não têm o discernimento do que é certo e errado, é fundamental partir dos pais o estabelecimento dos limites. No entanto, com os adolescentes a história muda. Nesta idade, pode ser interessante que eles participem da definição das regras. Nesta etapa, eles já entendem quando estão fazendo alguma coisa certa ou errada e podem se sentir estimulados se forem incluídos nas decisões. Mas lembre-se: a palavra final é sua.

  • Não desista

Mantenha atitudes coerentes em relação às regras. Não desista no meio do caminho do que foi combinado ou a sua credibilidade irá por água abaixo. Garanta com que os limites impostos se adequem à vida cotidiana da família para que todos colaborem com o processo. Mantenha o pulso firme.

  • Esclareça que as regras não se aplicam só dentro de casa

Deixe claro para as crianças que as regras também valem para quando eles estão fora de casa. Se o combinado for descumprido durante um passeio ou na casa de outra pessoa, as consequências devem ser aplicadas assim que vocês chegarem em casa, impreterivelmente. Converse com avós, tios e padrinhos para que eles não permitam atitudes proibidas por você. Se isso acontecer, explique para a criança que foi uma exceção e que a regra continua valendo em casa e em outros lugares também.

DIFICULDADE X TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM

É muito importante discutir sobre as dificuldades e os transtornos de aprendizagem, pois para realizar um trabalho eficiente é preciso compreender e diferenciar um do outro.

 A dificuldade de aprendizagem é um sintoma de que algo não vai bem no processo de aprendizagem dá pessoa. Por isto há necessidade de investigação para verificar qual origem deste sintoma. As dificuldades de aprendizagem se caracterizam por falhas no processo de aprendizagem e que impossibilitam este aluno de aprender e compreender. São caracterizadas pela desordem ou disfunção no processo de aprender.

 As causas das dificuldades de aprendizagem podem ser  ambientais , escolar entre outros fatores.

Fatores ambientais: Desequilíbrio emocional familiar, falta de alimentação adequada.

Fatores escolar: déficit na relação educacional em sala de aula, situações de bullying, relação professor x aluno prejudicada, falta de estrutura escolar e ambiente não reforçador e desestimulador ao aluno.

Os transtornos específicos da aprendizagem são segundo DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 2014) transtorno do neurodesenvolvilmento e se originam no início do desenvolvimento infantil e se destacam quando a criança entra na escola.  São caracterizados por déficits no desenvolvimento e causam prejuízos significativos no funcionamento pessoal, social,  acadêmico ou profissional. 

A criança, adolescente ou adulto que apresenta um nível de inteligência aparentemente adequado, mas tem dificuldade no processo de aprender e/ou compreender (alterações específicas em habilidades  de leitura, escrita e cálculo )pode ter algum transtorno de aprendizagem. Os processamentos específicos que prejudicam atividades escolares, pode ocorrer nestas situações, chamados de transtorno ou distúrbio de aprendizagem. Estes podem ser caracterizados como dislexia, disgrafia, discalculia, transtorno não verbal, TDAH, entre outros.

As causas dos transtornos de aprendizagem podem ser genético e/ou fisiológico.  

Fatores genéticos: Histórico familiar de dificuldades de leitura e de alfabetização, parentes com algum problema específico de aprendizagem.

Fatores fisiológicos: situações relacionadas a fatores pré- natais, pós- natais e perinatais (lesões cerebrais, hemorragias cerebrais, tumores, febres altas, doenças com meningite, desnutrição, quimioterapia, falta de oxigênio entre outros).

A importância de compreender o conceito de aprendizagem ocorre por meio de estudos que ocorreram com o passar do tempo sobretudo por meio da psicologia da aprendizagem. É necessário analisar como ocorre a aprendizagem, refletir sobre as diferenças entre uma dificuldade em aprender e um transtorno especifico, perceber como ocorrem as variadas concepções e modelos de ensino aprendizagem hoje concebidos pela escola e pela sociedade.

É imprescindível observar também a individualidade de quem aprende, compreender que este processo é único e deve ser observado de forma particular pois não é possível jogar* todas as pessoas em um único ambiente e dizer aprende*… mas identificar como ocorre este processo de acordo com as possibilidades deste individuo e onde ocorre a falha neste processo de aprendizagem.

Para identificar estas diferenças e proporcionar uma intervenção adequada é preciso contar com uma equipe interdisciplinar, formada por psicólogo, psicopedagogo, médico, fonoaudiólogo e demais profissionais caso seja necessário.

Por isso é importante ler, estudar, procurar um profissional adequado e perceber estas diferenças entre transtorno e dificuldade com relação ao processo educativo, para realizar os encaminhamentos adequados.  Caso você ou a escola do seu filho identifique que há alguma dificuldade no processo de aprendizagem dele procure um profissional habilitado para que possa ajuda-lo e compreender o porque desta situação e se for alguma suspeita de transtorno de aprendizagem que seja devidamente investigado, realizado os devidos encaminhamentos caso seja necessário e buscar a solução mais adequada para cada caso.

Fonte: TAU PSICOLOGIA

 

FOBIA SOCIAL

A importância do acompanhamento na tarefa escolar

Muita gente sabe que o período escolar é crucial para a formação de uma criança. Durante este período, os desafios surgem no dia a dia e, junto com os educadores, os estudantes podem superar barreiras; além de adquirir mais conhecimento.

Entretanto, é válido ressaltar a importância que existe no acompanhamento feito durante a tarefa escolar. O momento em que a criança lida com o auxílio de um adulto é fundamental. O detalhe, porém, não é simplesmente contar com a presença de alguém, mas se essa pessoa tem a habilidade para oferecer um suporte.

Por que é importante que os pais estejam por perto?

A criança busca referência nos adultos, e os pais costumam ser o espelho escolhido pelos pequenos. Sendo assim, quando os filhos contam com a presença de seus responsáveis para auxiliá-los nas tarefas escolares, a possibilidade de haver uma absorção do conteúdo pode ser maior.

É imprescindível, no entanto, que os adultos entendam a necessidade da criança e o estágio de aprendizado do pequeno. Jamais deve haver uma pressão para que ele saiba algo, mas um incentivo para que o conteúdo seja absorvido. Em casos de dificuldades, melhor procurar um apoio pedagógico. Somente assim, um profissional deve dispor de mecanismos que ajudem o aluno.

Voltando para o ambiente familiar, um ingrediente que deve existir sempre é a confiança que a criança poderá encontrar no adulto para a resolução dos problemas escolares (tarefas). Existem algumas técnicas que tendem a ajudar nessa hora. Veja mais abaixo.

O que fazer para tornar a tarefa escolar mais atrativa?

– Utilize uma maneira dócil na hora de explicar;

– Adote o uso de personagens (mais preferidos da criança) nos exemplos;

– Escolha objetos coloridos para estimular a atenção do pequeno;

– Disponha de aplicativos pedagógicos presentes em tablets e smartphones;

E quando meu filho/filha apresenta problemas de aprendizagem, o que fazer?

Quando isso acontece, é bom que se conte com ajuda pedagógica. Somente os especialistas podem trabalhar essa questão com eles. Mas vale lembrar que a presença dos pais é importante para o incentivo, mesmo fora do ambiente escolar.

O auxílio pedagógico conta com profissionais da área e que conhecem todos os passos necessários para oferecer à criança as melhores condições de aprendizagem.

Em casos mais complexos, como os distúrbios que se enquadram no TEA, quais são os procedimentos?

Por se tratar de um caso mais complexo, a primeira providência deve ser ajuda médica. Vale lembrar que a condição de uma pessoa que seja incluída no Transtorno do Espectro Autista (TEA) deve ser levada muito a sério desde a infância. No entanto, há alunos com autismo, por exemplo, que têm a vida escolar satisfatória.

Tudo isso depende de diagnóstico precoce e intervenções que façam efeito na vida da criança. Portanto, é importante a ajuda médica em casos de crianças diagnosticadas com alguma síndrome incluída dentro do TEA.

A ajuda que faz diferença

Quando a criança conta com o acompanhamento na tarefa escolar, o seu rendimento tende a se superar em cada etapa. O segredo é estabelecer a parceria entre o pequeno e vocês (pais, professores particulares e demais profissionais).

Fonte: Neuro Saber

Dislexia: sintomas, diagnóstico, tratamento e impactos no aprendizado

Os sinais de dislexia variam dependendo da idade. Se o seu filho tem um ou dois sinais, isso não significa que ele ou ela tem dislexia, mas ter vários dos sinais listados abaixo pode significar que seu filho deve ser avaliado por um profissional especializado.

A fase das primeiras palavras de uma criança é uma alegria na família: é encantador vê-la começando a se comunicar. Geralmente o pequeno pronuncia suas primeiras palavras por volta de um ano e as primeiras frases por volta de um ano e meio a dois anos. Um atraso na fala deve acender um sinal de alerta – pode ser o primeiro indicativo de dislexia.

“Crianças vulneráveis à dislexia talvez não comecem a pronunciar as primeiras palavras antes de cerca de um ano e três meses de vida. E talvez não pronunciem frases antes de completar dois anos”, diz a neuropsicóloga Márcia Lazzarotto Vizzotto.

O que é a Dislexia?

Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o quadro de maior incidência em salas de aula. E a pré-escola é, de certa forma, um divisor de águas para a identificação do distúrbio. A aparente facilidade com a qual a maioria das crianças aprende a ler, contrasta fortemente com o dilema de um subgrupo surpreendentemente grande de crianças que tentam extrair o significado de palavras impressas. De acordo com a definição da International Dyslexia Association (IDA, 2002), tal dificuldade ocorre “apesar de haver uma habilidade intelectual adequada e uma exposição a uma educação efetiva”.

“A dislexia é caracterizada por dificuldades de reconhecimento de palavras, de soletração, decodificação, lentidão na leitura e na escrita, inversão de letras e números e problemas de memorização. O fracasso do desenvolvimento da leitura fluente (capacidade de ler um texto não somente com precisão, mas com rapidez e expressão adequada) também é uma característica do distúrbio que persiste na adolescência e idade adulta. Trata-se de uma condição hereditária, com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico”, explica a neuropsicóloga Márcia Lazzarotto Vizzotto.

Para orientação, diagnóstico e tratamento é fundamental o apoio de um psicólogo especializado.

Reconhecimento e diagnóstico da dislexia

É preciso ficar atento ao desenvolvimento da criança de forma geral e se notar qualquer dificuldade, procurar orientação de especialistas. O diagnóstico e o tratamento da dislexia exigem a participação de equipe multidisciplinar, com profissionais como pedagogo, fonoaudiólogo e psicólogo.

Na Pré-escola – Uma criança em idade pré-escolar pode:

  • Ter problemas de aprendizagem de rimas; falta de interesse pelas rimas; palavras mal pronunciadas; dificuldade em aprender e lembrar o nome da letra; deficiência em saber o nome das letras de seu próprio nome.
  • Falar mais tarde do que a maioria das crianças.
  • Ter mais dificuldade do que outras crianças ao pronunciar as palavras.
  • Ser lento para adicionar novas palavras de vocabulário e ser incapaz de recordar a palavra certa.
  • Ter dificuldade em aprender o alfabeto, números, dias da semana, cores, formas, como soletrar e como escrever seu nome.
  • Demonstrar dificuldade ao tentar rimar palavras e reconhecer letras e fonemas.
  • Ser lento para desenvolver habilidades motoras finas. Por exemplo, seu filho pode levar mais tempo do que outros da mesma idade para aprender a segurar um lápis na posição de escrever, usar botões e zíperes e escovar os dentes.
  • Ter dificuldade em separar sons em palavras e misturar sons para fazer palavras.

No Ensino Fundamental

  • Possuem discurso não fluente (pausas ou hesitações frequentes, muitos “hummm…”);
  • Não ser capaz de encontrar as palavras corretas, confundindo as que tenham a sonoridade semelhante; problema ao lembrar datas, nomes, números de telefone, listas;  medo de ler em voz alta; desempenho fraco em testes de múltipla escolha;
  • Ter dificuldade em terminar provas no tempo estabelecido; problemas na leitura dos enunciados dos problemas matemáticos; leitura lenta e cansativa;
  • Apresentar deveres de casa incompletos e intermináveis; necessitam de ajuda para ler o enunciado;  extrema dificuldade para aprender uma língua estrangeira.

No Ensino Médio e Faculdade – Estudantes no ensino médio e na faculdade podem:

  • Ler muito lentamente com muitas imprecisões.
  • Continuar a soletrar incorretamente, ou soletrar frequentemente a mesma palavra diferentemente em uma única parte de escrita.
  • Evitar testes que exigem leitura e escrita, e procrastinar em tarefas de leitura e escrita.
  • Ter dificuldade em preparar resumos e contornos para as aulas.
  • Trabalhar intensamente em tarefas de leitura e escrita.
  • Ter poucas habilidades de memória e completar o trabalho atribuído mais lentamente do que o esperado.
  • Ter um vocabulário inadequado e ser incapaz de armazenar muita informação da leitura.

“A avaliação segue as regras determinadas pela definição de dislexia: uma dificuldade de leitura de uma criança ou adulto que em todos os outros aspectos possui boa inteligência, forte motivação e escolaridade adequada. É um diagnóstico clínico que tem como base uma síntese já ponderada de informações – do histórico escolar da criança (ou do adulto), das observações de sua fala e leitura e dos testes de leitura e de linguagem”, explica Márcia.

Dislexia e os sinais mais comuns

A maioria dos disléxicos exibirá cerca de 10 dos seguintes traços e comportamentos. Estas características podem variar de dia-a-dia ou minuto-a-minuto. A coisa mais consistente sobre disléxicos é a sua inconsistência.

Geral

  • Crianças e adultos disléxicos podem se tornar ávidos e entusiastas leitores quando dadas as ferramentas de aprendizagem que se encaixam no seu estilo de aprendizagem criativa.
  • Aparece brilhante, altamente inteligente e articulado, mas incapaz de ler, escrever ou soletrar ao nível da classe.
  • Marcado como preguiçoso, mudo, descuidado, imaturo, “não tentando o suficiente” ou com “problema de comportamento”.
  • Não é “atrasado o suficiente” ou “ruim o suficiente” para ser ajudado no ambiente escolar.
  • Alto em QI (Coeficiente de Inteligência), ainda  que não seja academicamente bem avaliado. Vai bem em testes orais, mas não em testes escritos.
  • Parece estúpido; Tem baixa auto-estima; Esconde ou encobre suas fraquezas com estratégias compensatórias engenhosas; Facilmente frustrado sobre a leitura da escola ou a realização de testes.
  • Talentoso em arte, drama, música, esportes, mecânica, contador de histórias, vendas, negócios, projeto, construção ou engenharia.
    Parece viajar ou sonhar acordado muitas vezes; Se perde facilmente ou perde a noção do tempo.
  • Dificuldade em manter a atenção;
  • Aprende melhor através da experiência prática, demonstrações, experimentação, observação e ajudas visuais.

Visão, leitura e ortografia

  • Queixa-se de tonturas, dores de cabeça ou dores de estômago durante a leitura.
  • É confundido por letras, números, palavras, sequências ou explicações verbais.
  • Ao ler ou escrever mostra repetições, adições, transposições, omissões, substituições e reversões em letras, números e / ou palavras.
  • Queixa-se de sentir ou ver movimento inexistente durante a leitura, escrita ou cópia.
  • Parece ter dificuldade com a visão, mas exames oculares não revelam um problema.
  • Tem visão extremamente aguçada e é excelente observador. Possui falta de percepção de profundidade e visão periférica.
  • Lê e relê com pouca compreensão.
  • Soletra foneticamente e inconsistentemente.

Escrita e habilidades motoras

  • Apresenta problemas com a escrita ou cópia; O aperto do lápis é incomum; A caligrafia varia ou é ilegível.
  • É desajeitado, desordenado, possui dificuldade na prática de esportes de bola ou de equipe; Dificuldades com habilidades e tarefas motrizes finas  e/ou grossas; Pode estar mais propenso à doenças.
  • Pode ser ambidestro, e muitas vezes confunde esquerda/direita, sobre/sob

Memória e Cognição

  • Possui excelente memória de longo prazo para experiências, locais e rostos.
  • Má memória para sequências, fatos e informações que não tenham sido experimentadas.
  • Pensa principalmente com imagens e sentimentos, não sons ou palavras (pouco diálogo interno).

Comportamento, Saúde, Desenvolvimento e Personalidade

  • Extremamente desordenado ou compulsivamente ordenado.
  • Pode ser o palhaço da classe, um gerador de problemas (muito bagunceiro) ou extremamente quieto.
  • Pode possuir fases de desenvolvimento inusitadamente precoces ou tardias (conversando, rastejando, andando, amarrando sapatos).
  • Tendência a ter a infecções de ouvido; Sensíveis a alimentos, aditivos e produtos químicos.
  • Pode sofrer com insônia ou hipersonia; Pode estar propenso a urinar na cama em determinadas idades.
  • Tolerância incomumente alta ou baixa para a dor.
  • Forte senso de justiça; Emocionalmente sensível; Esforça-se para a perfeição.
  • Erros e sintomas aumentam dramaticamente com locais bagunçados, pressão do tempo, estresse emocional ou má saúde.

Orientações aos pais

Quanto mais cedo se fizer um diagnóstico, mais rápido a criança poderá contar com ajuda de profissionais adequados (fonoaudiólogos, psicólogos especializados). Assim, muito provavelmente também se conseguirá evitar problemas decorrentes que atingem  a auto-estima. A psicoterapia ajudará seu filho a ter uma melhorar adaptação e mais qualidade de vida.

Se notar  a presença de algum sinal de dislexia, é fundamental conversar com o professor de seu filho. Mas não fique dependendo somente da escola para realizar uma avaliação. O pediatra pode fazer o encaminhamento para que seja feito um teste.

É fundamental que os pais, professores e principalmente a criança entendam a natureza do problema de leitura, para que ela desenvolva uma opinião positiva sobre si mesma.

“E muito importante: não subestime a criança ou reduza suas expectativas. Trate-a sempre como uma pessoa com muitas variáveis, não simplesmente como alguém que tenha um problema de leitura. Deixe que suas habilidades –  e não suas deficiências – a definam como pessoa!”, finaliza a neuropsicóloga Márcia Lazzarotto Vizzotto.

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Você sabia? Depressão é tão ruim para o coração quanto colesterol e sobrepeso

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é uma das doenças mais comuns da atualidade, afetando mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo. Está entre as principais causas de incapacidade no Brasil.

Uma pesquisa, feita pela Universidade Técnica de Munique e pelo Centro Alemão de Doenças Cardiovasculares, publicada na revista científica Atherosclerosis, verificou o impacto que a depressão pode ter também sobre doenças cardíacas, quando comparada aos outros quatro fatores mais comumente associados ao infarto: tabagismo, hipertensão, colesterol alto no sangue e obesidade.

Como resultado, foi constatado que 15% das mortes por causa de doenças cardiovasculares tiveram como responsável a depressão. Apenas fumar e ter alta pressão arterial superam os riscos trazidos pela doença e pelos outros dois fatores.

O fato é que a depressão não é só um estado de humor, ela é uma doença física, que altera o sistema nervoso. Quem tem a doença apresenta uma produção alterada de hormônios que são mediadores de inflamação e que, por consequência, aumentam o risco de aterosclerose. A aterosclerose é uma inflamação das placas compostas por gordura e tecido fibroso, que pode levar à obstrução progressiva dos vasos.

Nos pacientes depressivos, os níveis de proteína C reativa, que é um marcador inflamatório importante, ficam elevado, assim como os níveis de noradrenalina no sangue. Outro agravante para o coração é o cortisol. O cortisol é um hormônio que é liberado em pessoas sob estresse, fator presente em muitos portadores de depressão, e uma característica desse hormônio é deixar o sangue mais espesso.

Um outro motivo que explica a incidência de problemas do coração entre os depressivos são os sintomas como a falta de energia e o cansaço, sendo comum que esses pacientes adquiram hábitos de vida muito ruins. Eles fazem menos exercícios, alimentam-se mal, desistem de seguir o tratamento recomendado pelo médico. Esse estilo de vida aumenta muito o risco de doenças, incluindo as do coração.

Assumir um estilo de vida saudável ajuda a promover a saúde geral, amenizando tanto os sintomas da depressão quanto das cardiopatias. O essencial, claro, é cuidar da alimentação, manter o peso adequado e praticar exercícios. Essas atitudes auxiliam também no controle de outros fatores de risco, como hipertensão, diabetes, colesterol e obesidade.

Evidências atuais demonstram que os antidepressivos que regulam a concentração de serotonina podem ter um efeito cardioprotetor em torno de 60%. Dessa forma, antes que a depressão tenha desdobramentos importantes, como as alterações cardiovasculares, convém buscar ajuda especializada.

Fonte: Dra. Marcia Fonseca

5 Dicas para a Volta às Aulas das Crianças.

Por aí a criançada está em clima de volta às aulas? Nas férias tudo muda e é inevitável que os horários não fiquem bagunçados. Sendo assim, é fundamental ir preparando os pequenos devagar, quase como uma nova adaptação. De tal forma eles vão entrando no clima e sentem com mais tranquilidade o retorno.

Então, confira algumas dicas para ajudar nos dias que antecedem a volta às aulas.

1 – Comece a explicar que as férias estão chegando ao fim

Vá dizendo que as férias estão terminado, pergunte se as crianças lembram da escola e se estão com saudade dos amigos. Ajude os seus filhos a recordarem os bons momentos vividos no ambiente escolar e crie expectativa em relação ao novo período que deve começar em breve.

2 – Faça um calendário para mostrar o dia de voltar para escola

Para crianças pequenas é mais difícil situar os dias da semana e quanto tempo falta para volta às aulas.

3 – Vá ajustando a rotina

Comece a organizar a rotina pelo sono das crianças. Aproxime a hora de acordar e de dormir do horário habitual no período letivo. Também observe a questão das sonecas. Em três ou quatro dias os pequenos já devem entrar no ritmo.

4 – Deixe as crianças participarem dos preparativos

Organizar os materiais, a mochila e escolher os lanches dos primeiros dias de aula. Deixe as crianças fazerem parte do momento para que assim elas percebam a fase de mudança.

5 – Curtam bem o restinho das férias

A última dica é aproveitar ao máximo o restinho das férias com os filhotes! Aproveitem para fazer aquele programa diferente que não rolou até agora. Um cinema, uma pracinha ou visita em algum amiguinho. Curtam juntos que depois vai dar saudade.