AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NA CRIANÇA – indicações e contribuições

A avaliação neuropsicológica é recomendada em qualquer caso onde exista suspeita de uma dificuldade cognitiva ou comportamental de origem neurológica. Ela pode auxiliar no diagnóstico e tratamento de diversas enfermidades neurológicas, problemas de desenvolvimento infantil, comprometimentos psiquiátricos, alterações de conduta, entre outros. A contribuição deste exame na criança é extensiva ao processo de ensino-aprendizagem, pois nos permite estabelecer algumas relações entre as funções corticais superiores, como a linguagem, a atenção e a memória, e a aprendizagem simbólica (conceitos, escrita, leitura, etc.).

O modelo neuropsicológico das dificuldades da aprendizagem busca reunir uma amostra de funções mentais superiores envolvidas na aprendizagem simbólica, as quais estão, obviamente, correlacionadas com a organização funcional do cérebro. Sem essa condição, a aprendizagem não se processa normalmente, e, neste caso, podemos nos deparar com uma disfunção ou lesão cerebral.

Ao fornecer subsídios para investigar a compreensão do funcionamento intelectual da criança, a neuropsicologia pode instrumentar diferentes profissionais, tais como médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos, promovendo uma intervenção terapêutica mais eficiente.

O conjunto dos instrumentos utilizados nos possibilita uma avaliação global das capacidades da criança, bem como das dificuldades encontradas por ela em seu desempenho dia a dia. Não se trata de rotular ou enquadrar a criança como integrante de grupos problemáticos, e sim de evitar que tais dificuldades possam impedir o desenvolvimento saudável da criança.

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O que acontece na infância, não fica na infância

Há tempos sabemos da importância da infância para uma vida adulta feliz e saudável psicologicamente. Recentemente li um livro que abordava o assunto. O autor citava o seguinte exemplo: se uma criança que chora e pede para ser alimentada é ignorada pela mãe, mas é alimentada, quando espera em silêncio, a criança grava em seu subconsciente, que quando quer alguma coisa não deve pedir, nem chorar, mas esperar, pois alguém vai perceber sua necessidade apenas em seu silêncio. Achei o exemplo esplêndido, porque apesar de fazer muito sentido e parecer lógico, é algo tão cruel, que eu não pensado nisso. Percebi o quanto pequenas atitudes podem influenciar o comportamento de um individuo a sua vida inteira, sem que o mesmo se dê conta. E infelizmente, conheci uma mãe que fez exatamente o descrito acima com sua filha. Desde que a mesma era bebê, ela dizia estar educando a filha.

Certa vez, tive a seguinte experiência com vizinhos de apartamento: as paredes não eram maciças o bastante para abafar os sons mais altos. Todos os dias a mãe das crianças parecia um anjo enquanto o marido estava em casa, falava baixinho e parecia a melhor mãe do mundo e esposa exemplar. Porém, assim que o marido saía de casa, a mulher começava a gritar com as crianças freneticamente. E por vezes trancava-as no banheiro ou no quarto para limpar a casa. O caso era claro: o casamento não ia bem, a mulher queria ser sempre melhor do que a ex-mulher do marido e tentava a todo custo manter a casa na mais perfeita ordem. Quando o homem chegava em casa, a mesma estava impecável, e a mulher parecia ser doce. Mas só até o momento do marido se ausentar novamente.

Eu me pergunto o que aquelas duas crianças vão levar para suas vidas adultas sobre essas experiências com sua mãe. Será que sempre verão no pai, o falso herói, que era capaz de transformar a mãe nervosa em uma pessoa calma e prestativa? Será que se darão conta algum dia, da oscilação terrível de humor a que eram submetidos diariamente, por conta da fraqueza da mãe? De que forma esse tipo de experiência afeta a vida das pessoas quando já adultas? E terão consciência dos problemas gerados na infância, que geram comportamentos inconscientes e que se repetem por uma vida toda? Será que todo estudo de psicologia e psicanálise nos permite mesmo olhar para trás e trabalhar tudo o que nos foi feito quando ainda éramos tão vulneráveis e vazios de aprendizado?

Não conheço as respostas para essas questões, mas gosto das dúvidas que elas geram. Conheço uma psicóloga que decidiu parar com toda sua vida profissional quando se tornou mãe. Ela sabia da importância fundamental dos dias infantis de sua filha. para que a mesma venha a se tornar uma adulta feliz e segura, sem traumas e comportamentos oriundos de problemas inconscientes de uma infância mal vivida. Certamente muitas mães fariam o mesmo se soubessem do grau tão elevado de importância na vida de um ser humano que tem a sua infância.

Quer um filho saudável, feliz e bem sucedido? Proteja sua infância. Viva seus dias com ele e para ele. O proteja de atitudes bobas como a da mãe que maltratava seus filhos toda vez que o marido saía de casa para o trabalho ou para seus passeios inusitados. O proteja da própria arrogância, de querer disciplinar seu filho que ainda mama no peito ou na mamadeira, o tornando um individuo que não saberá lutar por aquilo que precisa, mas possivelmente um fraco e covarde sem qualquer percepção do fato. Sem falar nas crianças molestadas, que sofrem vidas afetivas mal sucedidas a vida inteira.

Ser criança é ser um individuo vazio que se enche com tudo aquilo que aprende através dos pais, da escolinha e das pessoas a sua volta. A criança absorve tudo ao seu redor, sem qualquer possibilidade de filtrar o que é bom do que é ruim. SE na maioria das vezes nem mesmo os pais percebem o quão falhos são, quem dirá as crianças.

Não somos responsáveis por nossa infância e nem pelo que fizeram conosco. Sobre isso e para isso, temos os recursos da psicologia.

Mas somos sim totalmente responsáveis pela infância de nossos filhos. E que todo amor seja destinado aos nossos. E quando necessário, vale buscar ajuda profissional, já que o assunto é tão serio, delicado e sim, muitas vezes difícil.

Porque o que acontece na infância, não fica na infância. Permanece a vida toda.

Autora: Carolina Vila Nova

LISTA DE SITUAÇÕES QUE PODEM INTERFERIR NA FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE

Há tempos sabemos da importância da infância para uma vida adulta feliz e saudável psicologicamente. Abaixo elencamos 10 coisas que não devemos dizer para as crianças. Vale a pena ler, já que isso pode influenciar (e muito!) na personalidade delas.

1 – Não rotule seu filho de pestinha, chato, lerdo ou outro adjetivo agressivo, mesmo que de brincadeira. Isso fará com que ele se torne realmente isso.

2 – Não diga apenas sim. Os nãos e porquês fazem parte da relação de amizade que os pais querem construir com os filhos.

3 – Não pergunte à criança se ela quer fazer uma atividade obrigatória ou ir a um evento indispensável. Diga apenas que agora é a hora de fazer.

4 – Não mande a criança parar de chorar. Se for o caso, pergunte o motivo do choro ou apenas peça que mantenha a calma, ensinando assim a lidar com suas emoções.

5 – Não diga que a injeção não vai doer, porque você sabe que vai doer. A menos que seja gotinha, diga que será rápido ou apenas uma picadinha, mas não engane.

6 – Não diga palavrões. Seu filho vai repetir as palavras de baixo calão que ouvir.

7 – Não ria do erro da criança. Fazer piada com mau comportamento ou erros na troca de letras pode inibir o desenvolvimento saudável.

8 – Não diga mentiras. Todos os comportamentos dos pais são aprendidos pelos filhos e servem de espelho.

9 – Não diga que foi apenas um pesadelo e mande voltar para a cama. As crianças têm dificuldade de separar o mundo real do imaginário. Quando acontecer um sonho ruim, acalme seu filho e leve-o para a cama, fazendo companhia até dormir.

10 – Nunca diga que vai embora se não for obedecido. Ameaças e chantagens nunca são saudáveis.

Tudo o que custar a sua paz, sempre será caro demais

Salário alto, relacionamento de aparências e vaidade custam mais do que sua alma podem pagar e, passar a vida toda querendo mantê-las, faz você perder o controle da própria vida e entrar em uma frustração surreal.

Estamos sempre atrasados, nunca temos tempo para o essencial e reclamamos de (quase) tudo. A “grama” do vizinho é sempre mais verde, o relacionamento da amiga mais feliz e o trabalho do colega mais interessante. Nessa rotina de reclamações constantes, buscamos incessantemente duas coisas na vida: a felicidade e a paz, sem entender, no entanto, que os dois sentimentos estão aliados e não tem relação nenhuma com bens materiais, aparência ou relacionamentos.

Não adianta ler todos os livros de autoajuda disponíveis ou buscar profissionais de todas as áreas de saúde para te aconselhar, se você não está disposto a colocar em prática o que aprende. Entenda que, sem a prática, nenhuma teoria funciona.

A felicidade e paz interior não são vendidas em cápsulas e não estão disponíveis nas prateleiras das farmácias. São estados emocionais que precisam ser desenvolvidos a partir do conhecimento da própria personalidade. François La Rochefoucauld: “o primeiro dos bens, depois da saúde, é a paz interior.”

Conhecer-se, saber o que o impulsiona é tão importante quanto respirar. O que te move nesse mundo? Quais são seus ideais? E, o mais importante: o que tem feito para conseguir?

Querer não é suficiente para atingir os objetivos. Você precisa conhecer as causas que motivam seus sonhos e as condições que tem para realizá-los, do contrário, sempre será frustrado e infeliz.

Fernando Pessoa afirmava, em toda a sua sabedoria, que o sucesso de tudo está no agir: “Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?

Encontrar felicidade na própria vida, ser grato pelas oportunidades e reconhecer a bondade dos detalhes, faz com que a paz se acomode dentro da alma.

Paz não é algo negociável, que você pode dar como moeda de troca ou que aceite perder com normalidade. A paz interior vale mais do que qualquer dinheiro no mundo. Então, caso seus sonhos estejam norteados apenas em algo consumível, você precisa rever seus conceitos sobre felicidade. Machado de Assis dizia que “o dinheiro não traz felicidade — para quem não sabe o que fazer com ele.” E, convenhamos, ele estava certo.

Paz interior não é fácil de conquistar porque envolve disciplina, perdão e generosidade. E, sim, isso são atitudes difíceis de serem praticadas. É fácil verbalizar o perdão, quando se não foi ferido na alma. É fácil discursar sobre generosidade, quando você nunca precisou dividir seus bens. É fácil falar de disciplina se você desconhece os próprios limites.

Ninguém consegue a paz sem antes passar pelo deserto. Para saber perdoar, você precisa ser ferido. Para ser generoso, você precisa aprender a ser desprendido. E, para ter disciplina, você precisa ser advertido por quem ama. Para Einstein “a paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos.”

Nada vale a nossa paz, nem esse relacionamento que você insiste há anos. Você pode ter encontrado a pessoa dos seus sonhos, estar vivendo um relacionamento digno de Oscar e ela pode ter as qualidades mais admiráveis do universo, se não trouxer paz no coração, acredite, não é para você.

Por Pamela Camocardi

O que é TOC, o Transtorno Obsessivo Compulsivo?

A doença afeta 2% da população, mas ainda assim muitos acreditam que são somente manias

Todo mundo gosta de falar que possui algum tipo de TOC: “Não consigo ver livro desarrumado, preciso ajeitar. É tipo TOC!”, “Nossa é só eu voltar pra casa e já tenho que lavar a mão. Meu TOC não deixa, preciso ficar limpo!” são algumas das coisas que ouvimos por aí.

O transtorno obsessivo-compulsivo está longe de ser uma simples mania. A doença obriga seus portadores a realizarem compulsões — certos atos físicos ou mentais — destinados a aliviar a ansiedade e o incômodo causados por pensamentos de conteúdo desagradável que aparecem sem cessar na mente dos pacientes

“O pensamento ruim vem, gera um incômodo, e então o portador sente a necessidade de realizar algum tipo de comportamento, uma compulsão, um ritual, para se livrar dele”, explica Daniel Costa, psiquiatra do Projeto Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo (PROTOC), grupo de pesquisa e tratamento associado ao Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo (USP).

Acredita-se que 2% da população geral sofra desse mal. Os picos de incidência do TOC estão entre as crianças de período escolar e os jovens adultos, na faixa etária dos 18 e 20 anos. A disseminação de informação, portanto, é um dos pontos principais para a o tratamento da doença, que pode afetar crianças que, muitas vezes, não entendem que até mesmo seu cérebro é capaz de escravizá-las.

O conteúdo dessas obsessões, chamadas também de “pensamentos intrusivos”, varia amplamente. “Obsessões de agressão, como o medo de que alguém querido morra, receio de ter um impulso violento, de se ferir por não ser cuidadoso o suficientemente” são alguns dos exemplos dados por Costa.

Preocupações com contaminação ou sujeira, nojo excessivo, obsessões religiosas e sexuais, como temor de ter cometido incesto, de ser homossexual, de ter cometido pecado ou de blasfemar contra alguma ordem divina são outros casos típicos envolvidos nas fixações do portador do TOC.

Com a crescente tensão resultante desses pensamentos, as compulsões são a saída (provisória) encontrada pelos pacientes. “Pode ser tanto um comportamento observável como um ritual mental”, detalha Costa. Verificar se a porta está trancada, lavar-se por determinado número de vezes, repetir rezas, fazer contagens, redesenhar linhas, dar pulos, alinhar objetos, organizar roupas. Tudo pode ser um ritual, assim como tudo pode ser uma obsessão.

Como refém

Como nem um milhão de repetições consegue acabar por definitivo com as obsessões, as horas escoam. Com o tempo perdido para realizar os rituais, aqueles que sofrem com o TOC começam a desenvolver o que Costa chama de “fenômeno da esquiva”. “Isso é pouco estudado. A pessoa começa a evitar as situações relacionadas à obsessão dela justamente para evitar os rituais que precisaria realizar”, explica.

As consequências acabam sendo o isolamento e a paralisação. “O TOC é uma das condições mais incapacitantes existentes. A gente acha que não só os comportamentos aparentes dela contribuem para esse comprometimento funcional mas fenômenos como o da esquiva também são responsáveis”, diz Costa.

É por isso que ele alerta: “Sintoma obsessivo-compulsivo é amplamente disseminado na população, todo mundo já teve um pensamento intrusivo. Mas a regra é que para estabelecermos um diagnóstico psiquiátrico, é preciso ter um comprometimento funcional muito grande. Só dá para falar em transtorno quando o comprometimento funcional ou sofrimento subjetivo pessoal é evidente”.

Procure ajuda

O tratamento envolve duas linhas de ação: a medicamentosa — acompanhada exclusivamente por psiquiatras — e a psicoterapia. “O tratamento do TOC é feito com alguns antidepressivos, os inibidores seletivos da recaptura de cerotonina”, diz Costa. Esses remédios também são utilizados no tratamento da ansiedade, visto a proximidade que ela possui com o transtorno. A diferença, porém, é que o ansioso preocupa-se de forma exagerada com assuntos cotidianos, enquanto o obsessivo-compulsivo possui pensamentos dos quais não consegue livrar-se a menos que realize os rituais.

A doença porém, possui evolução crônica. O médico explica que os sintomas podem ser controlados e até mesmo desaparecerem por um tempo, mas voltam em algum momento da vida.

As causas ainda são desconhecidas. “Fatores genéticos estão implicados, isso não há dúvida. Parentes de primeiro grau com pessoas que possuem o transtorno são mais propensos a tê-lo. Não existe um gene específico, porém”, conta Costa. Pelo que observam os pesquisadores, fatores ambientais, como traumas e abusos, podem disparar os sintomas, mas não esses “gatilhos” ainda não foram confirmados em estudos.

Fonte: Eu, Psicóloga

Dicas para lidar com criança com Transtorno Opositivo Desafiador

Crianças extremamente teimosas, agressivas quando contrariadas, com tendências vingativas e avessas a qualquer frustração podem apresentar intensas dificuldades em conviver socialmente com sua família e com figuras de autoridade. Tais comportamentos podem ser sinais componentes do Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD). O tratamento requer abordagem multidisciplinar e, principalmente, medidas psicoeducativas e estratégias de como agir e conduzir esta criança em casa e na escola. Conhecer bem o transtorno é o primeiro passo, naturalmente. Mas saber como lidar no dia-a-dia pode trazer ganhos rápidos e eficazes para todos os envolvidos!

Neste sentido, vamos falar sobre dicas que podem ser muito úteis na condução de crianças opositoras. A primeira providência deve ser esta: os pais ou cuidadores devem falar a mesma língua e concordar sempre nas mesmas regras e no cumprimento das rotinas diárias. Em nossa sociedade atual, tal postura tem sido incomum devido às separações e terceirizações educacionais, o que empurra a criança a ter vários e divergentes educadores. É importante, mesmo separados, que os pais tomem as mesmas atitudes com a criança mesmo que esta conviva em casas diferentes. Costumo dizer no consultório que o casamento acabou, mas o filho continua sendo de ambos!

Ao dar ordens, é importante falar de forma clara e objetiva evitando ficar se justificando ou prolongando a conversa. Olhe nos olhos e seja direto. Imponha sem ser agressivo. Fale de forma a convencer antes de qualquer contra-argumento e assuma a postura de quem realmente manda, sem pestanejar. Este modo de discursar e expor inibe atitudes opositoras e vai condicionando a criança a respeitar autoridades. Ao mesmo tempo, esta criança tem que viver numa casa organizada, estruturalmente afetuosa onde os adultos devem ser um bom exemplo agindo positivamente para que a criança copie e siga.

Sabemos que castigos e punições tem pouca eficácia. Portanto, uma das formas mais corretas é elogiar o que ele faz de bom e ressaltar mais seus acertos do que ficar falando reiteradamente de seus erros. Ignore os tropeços e lembre mais dos acertos deste jovem. Ele precisa entender que decisões pensadas em conjunto para o bem de todos são vantajosas e ele pode passar a ganhar muito mais por este caminho. Mas, para isto, todos de casa devem ter a mesma filosofia, senão a criança sempre tenderá a seguir aquele que é mais permissivo.

Conviver e conhecer as preferências, gostos e momentos gostosos junto da criança auxilia na interação e aumenta o vínculo afetivo. Este tem um poder de induzir a uma adesão, um engajamento desta criança a cumprir regras e rotinas pré-definidas pelo cuidador, pois ela se sente recompensada. Pais devem ser mais “parceiros” de seus filhos e não somente “gerentes” educacionais distribuindo deveres sem proporcionar o prazer de sua presença para brincar e “olhar nos olhos”.

A consciência de uma criança está em desenvolvimento, deve sempre fazer lembrar aos pais de que se iniciarem a educação de seus filhos observando sempre as dicas acima já estarão reduzindo de forma significativa a chance de terem filhos desafiadores num processo saudável de prevenção ao desenvolvimento de comportamentos anti-sociais e de evitar que estes se tornem adolescentes irascíveis sem qualquer autocontrole frente à mínima frustração.

No que tange à escola, estas medidas acima podem ser úteis mas as estratégias devem ser ampliadas, pois o contexto institucional exige pelo menos 4 medidas em paralelo: a psicoeducação ou treinamento do estafe escolar (professores, gestores e outros colaboradores do ambiente letivo), treino de habilidades sociais, prevenção e manejo do bullying e reforço escolar na maioria dos casos. Muitas vezes, em casos mais severos de TOD, pode-se inclusive contratar uma atendente terapêutica para mediar conflitos mais contundentes e situações mais complexas.

Fonte: NeuroSaber

E essa tal de Psiquiatria…. O que é?

SÍNDROME DE PÂNICO TRAVANDO VIDAS

A síndrome de pânico consiste num transtorno de ansiedade, onde ocorrem ataques repetidos de medo intenso de que algo ruim possa acontecer a qualquer momento. De causa desconhecida, acontece em ambos os sexos, com prevalência maior nas mulheres, geralmente com sintomas que surgem antes dos 25 anos. Imprevisíveis, sem fato aparente que os justifiquem, os ataques de pânico acontecem de repente, podendo alcançar seu ápice entre 10 e vinte minutos, muitas vezes sendo confundidos com um ataque cardíaco. A partir daí a pessoa que teve o primeiro ataque passa a viver o receio de ter outros, o que piora o quadro.

A literatura acerca do ataque de pânico é unânime em dizer que a enfermidade surge de forma inesperada, sem motivo aparente que a justifique, gerando crises de medo e desespero. A pessoa acometida pelo ataque súbito de pânico, tem a nítida impressão de que vai morrer naquele exato momento, que mais se assemelha a um ataque cardíaco, uma vez que o coração dispara, gerando falta de ar, normalmente acompanhada de sudorese abundante, entre outros sintomas que variam de pessoa para pessoa. Vivenciada a primeira crise, o indivíduo passa a sofrer a iminência de ter outras crises, sem saber quando e onde estas poderão acontecer, o que gera uma grande ansiedade e insegurança, afetando sua qualidade de vida e comprometendo, muitas vezes, sua rotina.

A pessoa em crise de pânico experimenta uma ansiedade exagerada, desproporcional ao contexto, com uma sensação de que algo muito trágico vai acontecer, como morte súbita ou até enlouquecimento. Há pessoas que, durante o ataque, têm tanta certeza que vão morrer que chegam a se despedir das demais. Após a primeira crise de pânico, outras podem acontecer posteriormente, de maneira aleatória. Não há como prever a próxima crise, o que deixa a pessoa preocupada, gerando assim uma ansiedade antecipatória.

No tratamento desta enfermidade tem sido utilizada uma parte medicamentosa (antidepressivos e ansiolíticos), seguida de psicoterapia, geralmente de orientação comportamental, por ser mais eficiente nestes casos, ajudando o indivíduo a se expor, de forma gradual, às situações que causam pânico, a fim de que ocorra a desensibilização. Na abordagem comportamental, a ideia é diminuir o medo através da exposição gradual ao elemento causador do mesmo. Por exemplo, se o medo refere-se a um animal, o terapeuta começa mostrando as fotos desse animal, até que o medo vá diminuindo. Depois, coloca o paciente frente a esse animal. E assim, sucessivamente, até diminuir o pavor.

Alguns sintomas da crise de pânico são: palpitação ou ritmo cardíaco acelerado, sudorese, tremores ou abalos, sensações de falta de ar ou sufocamento, sensação de aperto na garganta, dor ou desconforto no peito, náusea ou desconforto abdominal, sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio, sensações de irrealidade ou de estar distante de si mesmo, medo de perder o controle ou enlouquecer, medo de morrer, anestesia ou sensações de formigamento, calafrios ou ondas de calor, entre outros

A Psicoterapia pode ajudar o paciente acometido pela Síndrome de Pânico a lidar com os aspectos inconscientes que geram a doença, minimizando suas crises. Através do restabelecimento da confiança do indivíduo em si mesmo, a cura do pânico acontece, muitas vezes, sem a necessidade de medicamentos. Fonte: Fala Freud

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Avaliação Neuropsicológica

O que é Avaliação Neuropsicológica?

A Neuropsicologia estuda as relações entre cérebro e comportamento. Por meio da Avaliação Neuropsicológica, é possível investigar quais funções cognitivas estão preservadas e quais estão comprometidas, tais como a atenção, memória, percepção, linguagem, raciocínio, aprendizagem, visuoconstrução, funções executivas, processamento de informação e afeto, por exemplo. O Neuropsicólogo utiliza-se de instrumentos padronizados como testes e escalas para avaliar as cognições de acordo com a queixa que o paciente apresenta.

A avaliação tem como objetivo coletar dados das perdas e explorar funções intactas, a fim de definir o tipo de intervenção necessária, uma vez que funções cognitivas com baixo desempenho podem prejudicar as atividades diárias, como trabalho, estudo e relacionamentos.

Quem pode realizar a Avaliação Neuropsicológica?

Crianças, adolescentes, adultos e idosos que apresentem queixas cognitivas (desatenção, problemas de aprendizagem, esquecimento, dentre outros). As queixas mais comuns em crianças e adolescentes envolvem problemas de comportamento, problemas de aprendizagem (leitura, escrita ou cálculo) e suspeita de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

A importância da Avaliação Neuropsicológica

Por meio do Laudo Neuropsicológico, pode-se estabelecer um programa de reabilitação das funções prejudicadas, utilizando-se de treino cognitivo e estabelecimento de estratégias compensatórias para que o paciente possa se readaptar ao cotidiano no ambiente acadêmico, profissional e familiar. A Avaliação Neuropsicológica também contribui fortemente para a indicação ou acompanhamento de psicoterapia, no qual os dados levantados podem ser utilizados pelo psicoterapeuta para subsidiar a intervenção clínica.

Como saber que preciso de uma Avaliação Neuropsicológica?

Como citado acima, crianças, por exemplo, precisam dessas avaliações por ter, geralmente, dificuldades no aprendizado. No entanto, é mais comum observar essa demanda dentro do ambiente escolar, onde os professores notam a dificuldade do aluno e informam aos pais. Nesse caso, quando o responsável busca a ajuda de um psicólogo, o profissional avaliará a queixa para entender se é necessário passar por uma Avaliação Neuropsicológica ou se somente o processo terapêutico comum será o suficiente.

Em outros casos, crianças com acompanhamento com Pediatras, também podem ser observadas pelo médico e encaminhadas para esta avaliação.

Em caso de adultos, o adulto pode buscar a psicoterapia e, ao longo do processo, o profissional entender que seja necessário a avaliação, este será encaminhado, assim como aqueles pacientes que também possuem algum acompanhamento médico, e o médico nota ser o caso de uma avaliação.

Lembrando que, em casos do paciente que busca apenas pela psicoterapia e o profissional observa que será preciso uma avaliação, esta será pré-estabelecida e combinada, com o consenso do paciente.

PROVIDA – Clínica Integrada de Saúde

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Mau Humor Do Pai Prejudica O Desenvolvimento Emocional Dos Filhos

Nietzsche disse: “Aquele que não tem pai, deve procurar ser um”. O filósofo se referia ao fato de que os pais são tão importantes para o desenvolvimento dos filhos como são as mães. De fato, o amor e a rejeição de qualquer um dos pais podem afetar profundamente o equilíbrio emocional, a autoestima e a saúde mental de seus filhos.

Os estudos que consideram a ausência do pai descobrem problemas de adaptação dos filhos, assim como surgem comportamentos destrutivos e de riscos à medida que os filhos  crescem. Óbvio que a presença e a compreensão do pai têm efeito contrário: facilitam a adaptação da criança e promovem um desenvolvimento psicológico saudável.

O estado mental do pai afeta diretamente seus filhos

Pesquisadores da Universidade de Michigan realizaram um estudo em que analisaram a importância dos pais na vida dos filhos. No curso da investigação, eles analisaram as informações de 730 famílias de todo o país. Estes psicólogos se concentraram em analisar os efeitos do estado emocional paterno com a consequente depressão e a ansiedade dos filhos. Assim, concluíram que estes problemas afetavam muito a relação dos pais com os filhos e, portanto, influíam diretamente no desenvolvimento deles.

Obviamente que se trata de um resultado previsível, algo assim como descobrir água quente próxima de um vulcão extinto. O mais interessante foi que o estado mental dos pais tinha implicações de longo prazo na vida de seus filhos. Sobretudo as relacionadas com as habilidades sociais como o autocontrole e a capacidade de trabalhar em equipe.

Por exemplo, foi verificado que quando os pais sofriam depressão durante os primeiros anos da vida de seus filhos, a depressão do pai podia afetar mais o desenvolvimento dos filhos do que a depressão ou a ansiedade materna. Nesse estudo também se comprovou que um nível elevado de estresse do pai, quando seus filhos têm de 2 a 3 anos, é particularmente danoso para o adiantamento cognitivo e da linguagem.

O mais curioso é que estes problemas surgiram independentemente da influência positiva que a mãe possa exercer. Entretanto, como se esperava, a influência dos pais foi mais evidente nos meninos do quem nas meninas. Provavelmente porque o filho se identifica mais com a figura paterna e, por isso, o seu comportamento é mais afetado.

Os danos provocam a ausência do amor paterno

Nos últimos anos, os psicólogos começaram a estudar mais profundamente o papel dos pais no desenvolvimento infantil. Assim, surgiram diferentes estudos que destacam a importância da figura paterna. Os psicólogos perceberam que quando as crianças que têm um pai que se envolve ativamente em sua educação, se mostram mais seguros para se descobrir e são mais estáveis emocionalmente à medida que crescem. Também apresentam um melhor desempenho acadêmico e desenvolvem maiores habilidades sociais.

Recentemente, alguns psicólogos da Universidade de Connecticut, analisaram os dados de 36 estudos que envolveram 10.000 pais e seus filhos e filhas. Estes pesquisadores queriam entender como um pai distante ou frio pode afetar o desenvolvimento de seus filhos. Os psicólogos descobriram que os filhos que se sentiam rejeitados por seus pais mostraram sinais de ansiedade e insegurança, assim como o comportamento mais agressivo e hostil.

Os resultados apresentados tornam claro de que os pais são tão importantes para o bem-estar psicológico de seus filhos como as mães, e que têm uma enorme responsabilidade no desenvolvimento cognitivo e emocional dos filhos.

Como melhorar o estado emocional dos pais?

A paternidade não é uma missão simples, sobretudo para os pais de “primeira viagem”. É normal que os pais, igual às mães, tenham seus medos, inseguranças e inquietações.  A isto se soma o fato de que muitos pais se sentem obrigados a se mostrar fortes, e a ser o apoio emocional de suas parceiras, de modo que se sentem mais propensos a se sentirem emocionalmente mais sobrecarregados. Na verdade, esta situação os levam ao estresse elevado, situação em que será maléfica aos pequenos.

Como reconhecer os sinais de estresse

O primeiro problema é que muitos pais estão envolvidos em sua rotina diária e se sentem obrigados a ser o sustento e o chefe da família, que nem percebem que estão ansiosos e estressados. Por isso, o primeiro passo é reconhecer que está ansioso e estressado. Também é importante você perceber os detonadores do estresse antes que eles façam parte de sua vida diária. Se não puder eliminá-los, pelo menos minimize seu impacto.

Reserve um espaço para você

É importante que os pais tenham uma vida própria, além dos cuidados e da atenção que podem dar a seu filho. Para garantir este equilíbrio cuide-se para passar um tempo a sós com sua esposa, assim como de não abandonar completamente o seu hobby. Esse tempo vai lhe permitir relaxar e repor as suas energias. Lembre-se de que para cuidar bem de seu filho, primeiro deve se cuidar.

Expresse seus sentimentos à sua esposa

Falar sobre seus temores, suas preocupações e ansiedades lhe ajudará a se sentir melhor. Não há necessidade de esconder seus sentimentos e expectativas. Na verdade, é importante que sua parceira reconheça sua preocupação em ser um bom pai e dê valor aos sentimentos que permitam fortalecer os laços que os mantêm unidos.

Publicado originalmente em Rincón de la psicología – Tradução e adaptação livres: Portal Raízes. Os Direitos Autorais no Brasil são regulamentados pela Lei 9.610 . A violação destes direitos está prevista no artigo 184 do Código Penal. Este artigo pode ser publicado em outros sites, sem prévia autorização, desde que citando o autor e a fonte.

Fontes Pesquisadas:

Vallotton, C. et. Al. (2016) Child behavior problems: Mothers’ and fathers’ mental health matters today and tomorrow. Early Childhood Research Quarterly; 37: 81-93.

Khaleque, A. & Rohner, R. P. (2011) Transnational Relations Between Perceived Parental Acceptance and Personality Dispositions of Children and Adults: A Meta-Analytic Review. Personality and Social Psychology Review, 2011; 16 (2): 103-115.